Quando tudo isso acabarVou morar perto do mar.Talvez NO mar.O chamarei de lar.E só para rimarE antes de estragarOu de eu ficar sem arEsse poema precisa terminar. *Também conhecido como “A pior coisa que já escrevi” ou “Uma criança do primeiro ano escreveria algo assim”. Da série: as vantagens de não se ter leitores.
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Informação de menos é prejudicial, mas… e informação demais?
Ontem tive um surto. Meu cérebro parecia que ia explodir. Mensagens no WhatsApp sobre o Covid-19, mensagens na minha cabeça sobre a melhor forma de gerenciar um grupo de discussão sobre Virginia Woolf que, de repente, havia mudado de foco – e fazer isso sem magoar ninguém, claro. Tarefa impossível, descobri tarde demais. Os jornaisContinuar lendo “Informação de menos é prejudicial, mas… e informação demais?”
Just Breathe.
10 gotas de clonazepam. 7 gotas de escitalopram. Seja feliz. Ignore o mundo. Aprenda a ser menos sensível. Lave bem as mãos. Não chore, não está tomando remédio? Pare de cobrar reciprocidade. Feliz daqueles que sabem o que isso significa. Pare de respirar por um momento e veja como se sente. Bem? Preocupante. Preocupante paraContinuar lendo “Just Breathe.”
Pensamentos durante uma noite insone
É o existir que dói. São os erros. São as marcas. São as cicatrizes. São as insignificâncias do ser cujo cérebro não cala a boca nem na hora de dormir porque o cérebro não tem pulmão e não precisa respirar pra falar e logo também não precisa de vírgulas ou travessões ou parênteses apenas umContinuar lendo “Pensamentos durante uma noite insone”
As boas mulheres da China – Xinran
Na quarta capa de As boas mulheres da China, encontramos o seguinte: “O olhar objetivo de Xinran dá aos temas um tratamento firme e delicado…”. Fosse uma palavra desta frase diferente, eu concordaria. Porque As boas mulheres da China não é nada senão um livro totalmente subjetivo. E não, isso não quer dizer que éContinuar lendo “As boas mulheres da China – Xinran”
Mulheres e ficção – Virginia Woolf
Mulheres e ficção é uma coletânea de 9 ensaios de Virginia Woolf que falam sobre o que o título sugere: mulheres e a ficção, sejam elas leitoras, escritoras ou a mulher representada na ficção. Woolf discorre de maneira que, de certa forma, conversa com os ensaios de “Profissões para mulheres e outros artigos feministas”, demonstrandoContinuar lendo “Mulheres e ficção – Virginia Woolf”
A criança em ruínas – José Luís Peixoto
É engraçado o que algumas leituras causam na gente. Umas nos fazem rir, outras nos fazem chorar, e outras, como no caso de A criança em ruínas, nos fazem dançar. Mesmo com temas tão delicados quanto a perda, a morte e a desilusão, me vi dançando coreografias de dança contemporânea na minha mente durante asContinuar lendo “A criança em ruínas – José Luís Peixoto”
Marcas de nascença
Passou metade de sua vida se preocupando com o grito de socorro dos outros, olhando bem, sua existência não foi mais que a tradução de um grito de socorro, mas não o seu. O que restará dele é o grito de socorro de um outro. O trecho acima explica muito bem quem é o personagemContinuar lendo “Marcas de nascença”
A vida invisível de Eurícide Gusmão – Martha Batalha
A mágica de algumas histórias acontece quando pensamos que ela é uma coisa e, no fim, é outra. A vida invisível de Eurícide Gusmão, para mim, foi assim. O livro apresenta Eurícide Gusmão – mãe, esposa, dona de casa. Só que a vida de Eurícide não é bem como que ela gostaria que fosse; nãoContinuar lendo “A vida invisível de Eurícide Gusmão – Martha Batalha”
Limites da Fundação (e a falta de limites de uma leitora)
Se você nunca leu nenhuma obra de Isaac Asimov, a única coisa que tenho a dizer é que é um caminho sem volta. Exemplifico esta afirmação com a minha própria saga com a saga da Fundação: no começo achei confuso, não tão fluído, um livro que se assemelhava mais a um livro de História (mesmoContinuar lendo “Limites da Fundação (e a falta de limites de uma leitora)”